Por Juliana Martins.
Não vamos falar de clips da Katy Perry, e sim da estação que se aproxima, el verano!
Não sei se vocês caras mias têm acompanhado a semana de moda mas o clima é de mudança de vitrines, de guarda-roupa renovado e aquela vontade de tomar banho de piscina naquele solzão - disfarça que mais uma vez estou doente, toda gripada e em Recife ainda faz um vento insistente! Mais femininas ainda no verão, nós menina temos a sensação de frescor né, de poder quase sair com o popozão de fora #NOT e relaxar ao som de músicas-chiclete como California Gurls, que retrata fielmente um verdadeiro sonho de férias né não!
"É verão... Sei lá... Dá uma vontade bom (...)" [!!!].
Pois bem... Nossos temas hoje estão bem ligadinhos e eu vou explicar melhor pra vocês não me acharem - mais - louca. A menina-que-beijou-outra-menina-e-gostou tem referências pin up, certo? Está fazendo sucesso com uma música sobre o verão, certo? A estação da vez é a do solzão, certo? Então nada mais natural que começar nossa história de quinta terça com uma breve introduçãozinha sobre a década de ouro, os anos 50.
Katy, Leighton,... todas tão doces [!!!].
Não quero dar a vocês uma idéia distorcida da época, então que tal adaptar esse capítulo da história da moda à realidade brasileira da época? Meu professor Jojoca ia ter orgulho de mim agora, vendo que eu prestei atenção em todas as aulas de história do Brasil no colégio! Pois bem... Enquanto nos EUA vivia-se - em meio à guerra, claro - os bailes, radiola de ficha e lambretinhas barulhentas, em terras tupiniquins era a vez do desenvolvimento industrial sob o governo de Juscelino Kubitschek, além do crescimento da mídia (Rede Globo, plim plim [mentiiira, pegadinha do malandro!] Era a Tv Tupi) e da expansão da cultura - patriotismo e tendências nacionalistas se desenvolveram nessa época, principalmente com a vitória da seleção na copa do mundo. Ao som da Bossa Nova, o queridinho da H Stern, Oscar Niemeyer, aparece como figura importante na arquitetura, enquanto o setor têxtil lucrava vendendo matéria-prima e algumas fibras naturais aos países em guerra, ao mesmo tempo em que surge a alta costura no nosso país, advinda de uma necessidade climática né, já que a alta moda italiana e a francesa era totalmente incompatíveis com o calor!
Sweet Guy...
Com o fim da guerra, nós, mulheres, pudemos voltar a usar tecidos para sua finalidade preferida né, e nos tornamos elegantes, finas e glamourosas todas trabalhadas na cinturinha marcada. A boemia do Rio de Janeiro era o ideal das férias de famílias de classe média, o que quase quebrou pescoços de vários pais de família com a garota de ipanema, suas hot pants e cabelo Brigitte Bardot. Na Confeitaria Colombo saboreavam-se os mais deliciosos bolinhos - cupcakes - com a mais nova bebida sensação, a Coca-Cola; as crianças se divertiam nos parques com seus brinquedos coloridos, balões, roda gigante, casais dividindo maçã-do-amor, velhinhos de mãos dadas carregando um grande e flocado algodão-doce... Digam se não parece qualquer sonho surreal? Qualquer... Teenage Dream... Ou poderiam ser garotas douradas da califórnia, inesquecíveis e inegáveis?!
#HojeEuVouAssim...
A estação que se aproxima me lembra tudo isso, tem cheiro de memória! As cores pastéis - ainda bem que você menina inteligente e prendada ainda guardou suas peças da temporada retrasada né?! - e as modelagens simples caracterizamuma era de guerra e de sonho. Num tempo em que meninas querem ser mulheres, comida tem sinônimo de um palhaço vermelho e amarelo e onde praia é a piscina do seu prédio trancado a sete chaves pra sua própria proteção, me parece óbvio que o sistema de moda quer nos dar algum aviso... Que realidade é essa onde crianças não podem mais brincar nos parques, velhinhos não podem dar suas mãos e casais estão muito ocupados contratando advogados pra seu divórcio e a garota de Ipanema se transformou em um pomar de mulheres-fruta?!
Pense nisso ;)
+ no Formspring
1 comentários:
Adoro a blair.
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